A bancada baiana no Congresso Nacional e lideranças petistas no Estado fizeram coro às críticas do governador Jaques Wagner (PT) quanto à perda de espaço da Bahia no ministério da presidente Dilma Rousseff e à postura do PT nacional em privilegiar os estados sulistas na ocupação de cargos. As queixas de Wagner também repercutiram na Direção Nacional do PT, que já convocou uma reunião, para dia 29, com o Fórum dos Presidentes do PT Nordeste.
Com a reunião, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, pretende ouvir dos dirigentes partidários os pleitos para ampliar a representatividade da região. Segundo o presidente do partido na Bahia e coordenador do fórum, Jonas Paulo, além de ministérios, entram na pauta cargos em órgãos vitais para o Nordeste, como a Chesf, Codevasf, BNB, Sudene, Dnocs e Valec.
Nesta quinta,15, o tom dos discursos na tribuna da Câmara e do Senado era no sentido de que a presidente deve fazer uma recomposição no seu governo, de modo a contemplar o PT da Bahia e do Nordeste, que, além de Wagner, tem no governador de Sergipe, Marcelo Déda, um importante quadro partidário.
Para o deputado Amauri Teixeira (PT), a presidente tem que manter o equilíbrio federativo na composição política do seu governo. “Como pode o Rio Grande do Sul ter seis ministros e a Bahia, com o maior PIB do Nordeste e que deu à presidente votação expressiva, não ter nenhum ministério (apenas a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)”, ponderou o petista.
O deputado petista Zezéu Ribeiro, que reassumiu esta semana o mandato, após deixar a Secretaria Estadual de Planejamento para Sérgio Gabrielli, lamentou que a Bahia, pela sua importância na política nacional, saia perdendo na “partilha de poder”. “Acho que o Nordeste fica prejudicado e o governo deve fazer um esforço para recompensar com políticas de desenvolvimento regional”. (As informações do A Tarde)
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