A acionista do Banco Rural Kátia Rabello e o ex-presidente da instituição José Roberto Salgado foram condenados nesta quarta (5) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por gestão fraudulenta. Para a maioria do STF, eles simularam empréstimos e liberaram recursos para o esquema do mensalão.
Outros dois dirigentes do Rural suspeitos de envolvimento com o esquema, Ayanna Tenório e Vinícius Samarane, devem ter tratamento diferenciado. Ex-vice-presidente do banco, Ayanna foi absolvida por cinco ministros até a sessão de ontem.
Samarane foi condenado por cinco ministros, mas dois deles - incluindo o relator do processo, Joaquim Barbosa - adiantaram que a pena imposta a Samarane será menor. Kátia e Salgado já estão condenados pela maioria dos ministros por fornecer empréstimos ao PT e às empresas do publicitário mineiro Marcos Valério sem as devidas garantias e com informações falsas sobre os riscos das operações, em desacordo com normas do Banco Central. Com isso, já são sete os condenados pela Corte.
O dinheiro entregue ao PT e a Valério - R$ 32 milhões no total - serviu, segundo o Ministério Público, para alimentar o mensalão, permitir a distribuição dos recursos para parlamentares e proteger os beneficiados ao omitir informações para órgãos de controle, como Banco Central e Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf).
Além de Barbosa, votaram contra Kátia e Salgado o revisor do caso, Ricardo Lewandowski, e os ministros Luiz Fux, Rose Webber, Dias Toffoli e Carmen Lúcia. Já Samarane foi condenado por Barbosa, Rosa Weber, Fux, Toffoli e Cármen Lúcia, os mesmos que absolveram Ayanna Tenório. Ambos tiveram voto favorável de Lewandowski. (As informações do G1)
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