sábado, 16 de março de 2013

BERGOGLIO SENTIU VERGONHA QUANDO FOI COTADO PARA PAPA EM 2005, CONTA BIÓGRAFA

Jorge Mario Bergoglio teve uma namorada na adolescência, lutou contra um problema de saúde na juventude e sentiu “pudor e vergonha” quando foi cotado para suceder João Paulo II, em 2005. Alguns fatos importantes da vida do cardeal argentino, agora papa Francisco, foram revelados à Agência Brasil pela jornalista Francesca Ambrogetti, coautora do livro O Jesuíta, que traz a biografia do cardeal argentino.

No livro, publicado em 2010, o papa conta que decidiu ingressar na vida religiosa aos 18 anos. “Ele ia para um piquenique com amigos. No caminho, passou por uma igreja para se confessar e disse que naquele momento se sentiu iluminado e soube que tinha que ser padre”, disse a biógrafa.

Depois da insistência dos autores, também falou sobre a namorada na adolescência e que começou a trabalhar aos 13 anos como contínuo no escritório de um amigo do pai. “Não queria falar sobre ela no livro porque achava que não tinha o direito de envolvê-la. Mas conseguimos convencê-lo a contar algumas coisas. Pelo visto, ela não ficou chateada. Agora que ele foi eleito papa, ela [Amália] deu várias entrevistas, contando da carta de amor que recebeu dele quando eram adolescentes”.

Segundo a jornalista, Bergoglio relatou quando perdeu, ainda jovem, parte de um pulmão. “Encontraram cistos no pulmão dele e tiveram que cortar o pedaço afetado. Ele disse que nunca sentiu tanta dor e que durante dias batalhou entre a vida e a morte. O que ele não aguentava, confessou, era ouvir as pessoas tentando consolar com aquelas frases de sempre: 'Não se preocupe, vai ficar tudo bem'. Dizem que ele só tem um pulmão. Não é verdade. Ele só perdeu o pedaço de um”.

Ele revelou ainda o que sentiu ao ser cotado a sucessor de João Paulo II, no conclave de 2005. Na época, o escolhido foi Bento XVI. “Bergoglio não podia responder, porque os cardeais estão proibidos de contar o que ocorre dentro de um conclave. Na época, os jornais diziam que ele era o candidato dos moderados e que estaria entre os mais votados. Então perguntamos: 'O que foi que o senhor sentiu quando viu que a imprensa citava seu nome como um dos favoritos?'. Ele respondeu: 'Senti pudor e vergonha'”, disse Francesca à Agência Brasil.

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