terça-feira, 19 de março de 2013

DESONERAÇÃO SÓ DEVE SER AMPLIADA NO PRÓXIMO ANO

Disposto a ampliar a política de reduções tributárias, mas sem comprometer o próprio orçamento deste ano, o governo quer deixar para janeiro de 2014 a desoneração da folha de pagamento de setores da economia não contemplados este ano. Entre eles, está uma lista de produtos, serviços e outros segmentos econômicos incluídos pelo Congresso na Medida Provisória 582, aprovada em fevereiro, mas fora da proposta inicial do Executivo.

A MP prevê a substituição da contribuição previdenciária de 20% da folha de pagamento por um percentual sobre o faturamento. Na versão original, o benefício era dado a 15 setores. Entretanto, os congressistas engordaram a lista e acrescentaram outros catorze, como transportes coletivos e serviço hospitalar; além de 10 novos produtos, como castanha, armas e munições. Ao todo, incluindo as áreas de construção civil e comércio varejista, o governo deixaria de arrecadar quase R$ 16 bilhões.

Por conta das limitações orçamentárias, não gostaria de ampliar essa renúncia já em 2013. Dilma Rousseff tem até 2 de abril para sancionar a MP e, portanto, decidir se vai vetar a lista adicional ou ao menos parte dela. Por ora, a orientação é cortar o excedente por conta do espaço fiscal, mas Dilma pode ser convencida a ceder em alguns segmentos. Para conter os pleitos de diferentes setores, ela tem repetido que, apesar da disposição de aprofundar as desonerações da folha de pagamento, não quer violar a lei de responsabilidade fiscal.

Uma das ferramentas usadas pela presidente Dilma para tentar acelerar o crescimento da economia, o governo reservou, para 2013, R$ 36,1 bilhões para diferentes tipos de desonerações. Inicialmente, foram previstos R$ 15 bilhões para cortes previdenciários. Depois, mais R$ 21,1 bilhões foram incorporados ao Orçamento, aprovado na semana passada. O montante adicional foi classificado pela ministra Miriam Belchior (Planejamento) como “reserva de espaço”, para futuras desonerações. (As informações da Folhapress)

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