segunda-feira, 18 de março de 2013

OBRAS PROMETEM DESAFOGAR AVENIDA PARALELA

Tão logo seja dada a tão esperada ordem de serviço, a expectativa é de que em cerca de dez meses a Avenida Luís Viana Filho (Paralela) ganhe um sistema viário que inclui viadutos para interligá-la ao Imbuí, Boca do Rio, Stiep e outros bairros da orla. O objetivo principal é diminuir os longos congestionamentos causados pela passagem de estimados 240 mil veículos por dia. Este número corresponde a 28% da frota da capital baiana, que hoje já alcança 829 mil veículos.

Tal fluxo de carros e ônibus conferiu à Avenida Paralela o primeiro lugar no ranking das vias mais movimentadas da cidade, seguida da Avenida Mário Leal Ferreira (Bonocô) e Tancredo Neves. Na lista das mais congestionadas, está na segunda posição, ficando atrás apenas da Avenida Antonio Carlos Magalhães (ACM).

A cargo da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), a obra receberá um investimento de cerca de R$ 71 milhões e contará ainda com a implantação de vias marginais destinadas a ligar o Centro Administrativo da Bahia à Avenida Luís Eduardo Magalhães e Imbuí.

De acordo com a arquiteta e consultora de trânsito e transporte, Cristina Aragon, um dos pontos positivos da obra está na criação de viadutos, o que reduzirá o número de retornos na avenida, que são responsáveis pela lentidão nas duas vias.
"A Paralela é hoje um dos principais eixos da cidade. No entanto, seu traçado foi concebido originalmente para ser uma via expressa. Com o passar do tempo e com o aumento do fluxo de veículos, essa finalidade inicial foi deturpada", explicou.
Para Aragon, futuramente, a Paralela pode voltar a funcionar como via expressa, o que deve reduzir os congestionamentos e retenções, tão visíveis no local.

Na opinião do arquiteto e urbanista Flávio Teixeira, o principal benefício das novas pistas será a fluidez do trânsito nas pistas internas do bairro do Imbuí. Para o urbanista, o grande movimento de veículos no local foi responsável pela descaracterização do bairro. "Hoje, é difícil conceber que o Imbuí algum dia tenha sido um bairro estritamente residencial. O grande fluxo de carros e a utilização das vias internas como acesso à Paralela e à orla têm descaracterizado o bairro com o decorrer dos anos", disse.

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