sexta-feira, 8 de março de 2013

SALVADOR É A CIDADE COM MAIS MORTES POR ARMA DE FOGO

Salvador foi a capital brasileira que registrou mais mortes por arma de fogo em 2010, o ano mais recente que tem os dados disponíveis no Mapa da Violência 2013, elaborado pelo Instituto Sangari (vinculado ao Ministério da Justiça) e divulgado na noite de quarta-feira. Com 1.596 mortes por armas de fogo, a capital baiana ficou à frente, em números absolutos, de cidades como Rio de Janeiro (1.486) e São Paulo (1.172). O estudo leva em consideração dados referentes ao período de 2000 a 2010.

Na evolução do período, as mortes em Salvador saltaram de 619 no primeiro ano para 1.596 (2010), o que representa um aumento de 157,8%. Já a taxa de mortes por arma de fogo a cada 100 mil habitantes saltou de 25,3 em 2000 para 59,6 em 2010, um aumento de 135,4%.

Na comparação entre os estados, a Bahia subiu da 15ª posição no ano 2000 - com uma taxa de 11,7 mortes, para passar a ocupar a 4ª colocação, com uma taxa de 34,4 no último ano avaliado. Em 2010, a Bahia só teve menos mortes por arma de fogo que os estados de Alagoas (55,3), Espírito Santo (39,4) e Pará (34,6).

A Bahia computou 1.523 mortes em 2000, total que chegou a 4.818 em 2010, registrando um aumento de 216,3%. O Mapa da Violência 2013 apresenta ainda um ranking de municípios de todo o país com mais de 20 mil habitantes, feito com base numa média de mortes entre os anos 2008, 2009 e 2010.

A Bahia tem sete cidades entre as 20 primeiras. São elas: Simões Filho (1º), Lauro de Freitas (3º), Porto Seguro (6º), Eunápolis (8º), Itabuna (12º), Jacobina (14º) e Dias D'Ávila (19º). Salvador aparece na 30ª posição do ranking.

Questionado sobre os dados na manhã de ontem, em solenidade da Polícia Militar, o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, disse que não podia comentar em detalhes porque ainda não tinha visto o estudo. “Todo ano lança o mapa. São critérios que vão variando. Não estou discutindo critérios. Está latente o esforço que estamos fazendo para melhorar a segurança pública com a aquisição de armamentos, viaturas. São coisas que geram efeito de longo e médio prazo. Estamos sofrendo consequências dos últimos dez anos”, disse.

“Esses estudos tem que ser encarados com vários fatores. Nós fornecemos dados com mais transparência por isso somos piores avaliados. Não sei qual o critério, metodologia que usaram. Todos os locais críticos estão com bases comunitárias”, completou Barbosa. (As informações do Correio)

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